Em 2016, foram registradas 3.185 internações por complicações relacionadas à doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apenas em 2017, de janeiro a maio, foram registradas 1.599 internações de pacientes com esclerose múltipla.
O Ministério da Saúde estima que 35 mil pessoas convivem com a doença no Brasil, sendo que aproximadamente 15 mil estão em tratamento atualmente no SUS.
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla destaca que a abordagem dos pacientes precisa ser ampla, com equipe multidisciplinar. A entidade ressalta ainda o impacto psicológico e a imprevisibilidade dos sintomas. “É importante o suporte médico, fisioterápico, psicológico, fonoaudiológico, além do suporte medicamentoso”, informa.
A doença é neurológica, crônica e autoimune – ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares, o que causa distúrbios na comunicação entre o cérebro e o corpo. Afeta normalmente adultos entre 18 e 55 anos de idade.
Entre os principais sintomas estão fadiga, formigamento ou queimação nos membros, visão embaçada, dupla ou perda da visão, tontura, rigidez muscular e problemas de cognição.
Tratamento
Atualmente, o SUS oferta 44 procedimentos (clínicos e de reabilitação) para a doença, de forma integral e gratuita, de acordo com as diretrizes terapêuticas determinadas pelo Protocolo Clínico da Esclerose Múltipla. São oferecidos seis medicamentos para o tratamento da doença: betainterferona (1a injetável e1b injetável); fingolimode 0,5 mg; glatiramer 20 mg injetável; natalizumabe 300 mg; azatioprina 50 mg; e o metilprednisolona 500 mg.
Em maio deste ano, o SUS também passou a oferecer mais um medicamento para pacientes diagnosticados com esclerose múltipla, a teriflunomida, que ajuda a reduzir os surtos e a progressão da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, o remédio será o primeiro medicamento da primeira linha de cuidado, por via oral.
Além disso, o sistema público tem 277 hospitais habilitados com Unidade de Assistência ou Centro de Referência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia em todo o País. Mais de R$ 279 milhões foram investidos na aquisição de remédios que tratam a doença em todo o ano de 2016.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde, Agência Brasil e Associação Brasileira de Esclerose Múltipla