Cerca de 50% das vítimas não sobrevive a tempo de serem atendidas
Uma pessoa com dor no peito precisa ser atendida rapidamente, pois esse pode ser sinal de que ela está sofrendo um infarto. Se isso ocorrer e ela não receber assistência adequada em até uma hora, corre risco de morrer ou de ter o funcionamento do coração prejudicado pelo resto da vida.
A cardiologista Fernanda Bento, do Hospital Metropolitano, localizado na Serra, explica que nessa situação o coração deixa de receber sangue, pois o fluxo é interrompido pelo entupimento de alguma artéria. Em função disso, parte do tecido do músculo cardíaco morre, sendo necessário ter agilidade para reverter o quadro de obstrução. “Quanto mais tempo ele ficar assim, maior será o risco de complicações”, enfatiza a médica.
Fernanda Bento destaca ainda que, além da agilidade, a precisão em todo o processo de socorro é essencial. “Aqui no Hospital há uma equipe de enfermagem treinada para reconhecer os principais sintomas de um evento cardíaco para que o paciente seja encaminhado o mais rápido possível para o médico”, exemplifica.
Ela completa informando que a equipe também segue um protocolo e uma sistematização de atendimento de dor no tórax cuja eficiência já é comprovada no mundo inteiro.
Rapidez para salvar vidas
Cerca de 50% das vítimas de infarto não sobrevivem a tempo de serem atendidas. “Por esse motivo, reconhecer os sinais do infarto é tão importante. Aproximadamente 90% das pessoas que chegam ao hospital em menos de uma hora têm grandes chances de sobreviver”, afirma a cardiologista.
Nessa situação de emergência, o objetivo é claro: retomar o fluxo sanguíneo e interromper o processo de morte do músculo cardíaco. Dessa forma, quanto antes o socorro ocorrer, maior será a parte sadia que restará do coração para manter a vida.
Como reconhecer um infarto
Um aperto forte no peito, no centro do tórax. Parece que a dor só aumenta e também pode se irradiar para o pescoço, mandíbula, braços e costas. Esses são os sintomas mais evidentes de um infarto. Além deles, ainda podem ocorrer suor, palidez, náusea, falta de ar, mal estar generalizado e “queimação” no tórax ou na porção superior do abdome.
Como ocorre o infarto
Ao longo dos anos, as artérias do coração podem entupir. O excesso de colesterol forma placas de gordura aderidas aos vasos, obstruindo a passagem de sangue.
Em algum momento, essas placas podem se romper e causar um infarto – quando há a formação de um coágulo que fecha totalmente o interior do vaso, levando à morte as células daquela região do coração.
A pressão alta, o tabagismo, o sedentarismo e o diabetes podem acelerar o desenvolvimento desse problema.
Hospital Metropolitano (Serra)