O incômodo na coluna se chama lombalgia e é mais comum do que você pode imaginar
Ser o craque do time não é fácil e pode causar alguns transtornos depois que a partida termina. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população é atingida pela lombalgia, a dor nas costas. E muitas das queixas surgem após a famosa “pelada”.
Conforme o ortopedista Lourimar Tolêdo, membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), a constante mudança de direção, o confronto físico e os impactos devido aos saltos podem causar o incômodo nas costas após o jogo. O desconforto na coluna pode irradiar para as pernas e as nádegas. Em casos mais graves, há também o risco de perda temporária dos movimentos.
“Se você sai do campo com desconfortos na coluna, é necessário que procure por um profissional especializado. Ele irá verificar a existência de doenças nas costas e, se necessário, indicará algum tipo de tratamento que fortaleça a região e reestabeleça o equilíbrio muscular. Dessa forma, é possível evitar futuras reincidências do problema”, explica Lourimar Tolêdo.
Em jogadores profissionais, conforme uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo, 72,2% das lesões ocorrem nas pernas, com predominância maior na coxa (34,5%), no tornozelo (17,6%) e no joelho (11,8%). Para Lourimar Tolêdo, por mais que as articulações estejam aptas ao movimento constante, a sobrecarga das mesmas causa as lesões.
Prevenção
O ortopedista também pede a atenção dos jogadores “fominhas”: a coluna, segundo ele, precisa de pausas regulares para manter a estabilidade. Deixar a postura correta e fazer alongamentos antes e depois do jogo de futebol são dicas importantes para evitar a lombalgia.
Fatores externos à partida também podem facilitar o desenvolvimento da dor ou agravá-la. São eles o tabagismo, a depressão, a obesidade, o sedentarismo e a má postura. “Além disso, trabalhos repetitivos ou nos quais é necessário carregar pesos ou manter posições desagradáveis à coluna são fatores de risco”, alerta o ortopedista.