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sbado, 21 de dezembro de 2024
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Reparação corrosiva pode encarecer obra em 125%

Reparação corrosiva pode encarecer obra em 125%

Para não comprometer a saúde financeira das indústrias capixabas, especialista aconselha investir na prevenção

Olhar o problema da corrosão pela ótica econômica. Este é um dos temas propostos pelo 2° Seminário Espírito Santense de Corrosão, promovido pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do ES (Sindifer) nesta quinta-feira (09), no Sesi de Jardim da Penha. Quem vai falar sobre o assunto é Tadeu Pissinati, coordenador do Programa de Ambientes de Inovação da Indústria de Petróleo e Gás, do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás. De acordo com ele, os prejuízos em países como Estados Unidos e Europa indicam que a corrosão impõe perdas anuais da ordem de 1,5% a 5% do PIB das nações. Algo em torno de 3,5% do PIB anual é o parâmetro mais bem documentado, que pode ser tomado como uma média internacional.

“É um prejuízo incalculável para o empresariado e para o país não termos uma noção do impacto da corrosão em termos de PIB. É o momento de que estudos sejam feitos para calcular os custos da corrosão no Brasil. Isto poderia contribuir para uma maior consciência empresarial, levando a melhores práticas gerenciais e, ao mesmo tempo, a melhores resultados de negócios para as empresas”, diz Pissinati.

No Espírito Santo a questão deveria receber um investimento ainda maior por se tratar de um estado litorâneo, por desenvolver características físico-químicas que reúnem elementos mais agressivos aos materiais a eles expostos. A principal vantagem obtida por empresas que investem em boas estratégias de proteção anticorrosiva é financeira, pois, ao longo do tempo, terão custos menores de manutenção de suas máquinas, equipamentos e estruturas industriais.

“Há uma regra adotada desde os anos 1980, referente a estruturas de concreto armado, e que dá uma boa ideia do custo da corrosão. Ela prevê uma multiplicação por cinco de cada unidade monetária investida, conforme a fase do ciclo de vida em que se faz a aplicação da estratégia anticorrosiva. A teoria ficaria assim na prática: a cada R$ 1 investido em um bom projeto, já prevendo a proteção anticorrosiva desde antes da implantação da instalação industrial, compara-se a R$ 5 que serão gastos em manutenção preventiva depois da instalação já operacional; R$ 25 em caso de manutenção corretiva; e R$ 125 em caso de reparação em estágios mais avançados da corrosão”, completa Tadeu Pissinati.

Estas e outras informações sobre corrosão serão tratadas no Seminário. As inscrições são gratuitas, no site do Sindifer.

O Seminário é promovido pelo Sindifer e conta com o apoio da Findes, Senai, Fórum Capixaba de Petróleo & Gás, Vale, ArcelorMittal, Samarco e Fibria.

Serviço

2º Seminário Espírito Santense de Corrosão

Dia: 9 de novembro

Hora: 8h às 17h

Local: Sesi de Jardim da Penha (Rua Tupinambás, 240 – Jardim da Penha, Vitória/ES)
Inscrições: http://www.sindiferes.com.br/agenda