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sbado, 21 de dezembro de 2024
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Reitor nega boato de que Ufes vai fechar, mas admite ‘situação delicada’

Reitor nega boato de que Ufes vai fechar, mas admite ‘situação delicada’

O reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Reinaldo Centoducate, negou que a instituição vai fechar as portas. A informação, que circulou nas redes sociais e gerou dúvida entre os estudantes, foi desmentida em reunião realizada na instituição nesta segunda-feira (4).

Há alguns meses, estudantes e professores da instituição percebem a mudança no funcionamento da universidade. A redução dos investimentos do Governo Federal afetou setores como limpeza, obras, segurança e o cardápio do Restaurante Universitário.

“No prédio que eu estudo tem vários problemas de infiltração, sai água das luminárias”, contou a estudante Erika Garvina.

Pesquisas também foram prejudicadas pela falta de verba. O projeto de um robô desenvolvido por alunos de Mestrado e Doutorado para lidar com crianças com autismo, que vem sendo desenvolvido há quatro anos, não tem mais recursos. Antes, eram seis alunos empenhados na pesquisa. Agora são apenas dois.

“Até 30 de junho nós tínhamos um restinho de recursos, que acabou totalmente, estamos zero de recursos. Sem perspectivas, sem bolsas de estudos para os alunos, e estamos pensando em como fazer pesquisa sem recursos”, lamentou o professor Teodiano Bastos.

As dificuldades enfrentadas pela universidade fizeram surgir um boato de que a instituição ia fechar as portas. O reitor explicou que depois de 2008, a universidade teve ampliações no número de estudantes e no de cursos oferecidos. Por outro lado, os investimentos foram reduzidos.

De acordo com ele, só no orçamento deste ano, R$ 20 milhões que estavam previstos para o pagamento de despesas ainda não foram liberados pelo Governo Federal.

“A universidade está crescendo, está expandindo seus serviços e tendo seu orçamento diminuído ou permanecido o mesmo. Como se tem inflação, como se tem mais demandas para realização desses serviços, nós estamos numa situação delicada do ponto de vista de manter a universidade funcionando com a qualidade necessária e imprescindível para seu bom funcionamento”, explicou.

Mesmo assim, Centoducatte negou que a Ufes vai paralisar as atividades.

“A nossa Universidade continuará prestando serviços que são necessários para a nossa sociedade, em particular a sociedade capixaba. A nossa instituição tem que ter relação de obrigação e compromisso com a sociedade. Independente na nossa gestão, de governos que entram e que saem, permaneceremos cumpridores das nossas obrigações e dos nossos compromissos com aqueles que financiam a nossa instituição”, disse.

Fonte: G1