Mais de 10 mil produtos falsificados foram apreendidos em um shopping no bairro Laranjeiras, na Serra, por Policiais Civis da Delegacia Especializada de Defraudações e Falsificações (Defa) e da Delegacia de Segurança Patrimonial (DSP). A maioria dos materiais são camisas, bonés, calçados e outros artigos de vestuário. O resultado da operação foi apresentado nessa quinta-feira (12), durante uma coletiva de imprensa no Auditório da Chefatura da Polícia Civil, em Vitória.
“Esses produtos são impróprios para o consumo. Além dos empresários das marcas, o Estado também tem uma perda significativa em sua receita, em razão dos impostos que deixam de ser arrecadados. Não podemos compactuar com esse tipo de crime. A nossa esperança é que a aplicação da lei venha a impedir esse tipo de prática. Além disso, a operação também permite a preservação da relação justa de consumo e a inviabilização dessa concorrência desleal”, informou o superintendente de Polícia Especializada, delegado José Arruda.
Segundo a titular da Defa, delegada Rhaiana Brememkamp, a ação dá continuidade às apreensões de produtos falsificados que já vinham ocorrendo desde a “Operação Natal”. “As investigações começaram após recebermos denúncias de representantes de marcas nacionais e internacionais. Eles informavam a existência de um mercado de produtos falsificados que eram comercializados em um shopping da Serra”, contou.
De acordo com a delegada, o imóvel em que as mercadorias estavam sendo comercializadas contava com 50 boxes de venda. “Durante a ação os comerciantes não apresentaram as notas fiscais dos produtos. Além disso, admitiram que as mercadorias eram compradas na rua 25 de março, em São Paulo”, contou.
O titular da DSP, delegado Fabiano Rosa contou que além de não serem originais, as peças estavam sendo vendidas a um preço abaixo do comercializado no mercado. “Os policiais tiveram que fazer um curso para conseguirem identificar as falsificações nos produtos de tão parecidos que são com os originais. Dificilmente um consumidor conseguiria reconhecer essa diferença”, explicou.
Ele disse ainda que nas etiquetas das mercadorias expostas constavam os mesmos valores pelos quais são revendidos os produtos originais. “No momento em que o consumidor ia efetuar o pagamento, o vendedor informava que a loja estava em promoção e o valor caia significativamente. Por exemplo, uma camisa cujo valor na etiqueta era de R$ 100 no momento do pagamento ela passava a ser R$ 30”, informou.
A delegada disse ainda que toda a mercadoria apreendida será incinerada. “Desde dezembro, quando ocorreu a Operação Natal, e agora com a Operação Vitrine já pudemos retirar de circulação mais de 50 mil materiais falsificados”, concluiu Rhaiana.
Os onze responsáveis por eles foram conduzidos para a Delegacia, onde assinaram um Termo Circunstanciado por crime contra marca e por concorrência desleal. “Eles responderão ao processo em liberdade. O proprietário do imóvel utilizado para a venda ilegal também será investigado”, completou Rhaiana Brememkamp.
Fonte: Polícia Civil