A projeção do mercado financeiro para a inflação em 2022 avançou de 6,59% para 6,86%. Essa é a 11 alta semanal consecutiva na mediana das previsões para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A expectativa para 2023 também subiu, de 3,75% para 3,80%.
Se confirmado o valor previsto para o IPCA, este será o segundo ano de rompimento do teto da meta de inflação, que em 2022 não deveria ultrapassar os 5%. O centro da meta é de 3,5%, no entanto, a margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo permite que o índice varie entre 2% e 5%. A previsão para 2023 também já está acima do centro da meta de 3,25%, porém dentro do limite superior de 4,75%.
- IPCA 2022 de 6,59% para 6,86%
- IPCA 2023 de 3,75% para 3,80%
- IPCA 2024 de 3,15% para 3,20%
Os números são do Boletim Focus do Banco Central (BC). Nesta segunda-feira (28), o documento, que reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos, foi publicado às 10h e não às 8h25, como de costume.
O BC não detalhou os motivos para a alteração no horário de publicação do documento. As divulgações das notas econômica-financeiras (estatísticas do setor externo, estatísticas monetárias e de crédito e estatísticas fiscais), que ocorreriam nesta semana, foram canceladas sem previsão de nova data.
Os analistas mantiveram as previsões para a taxa básica de juros, que deve alcançar os 13% ao ano até o fim de 2022. A taxa básica de juros, a Selic, é a principal ferramenta do Banco Central para controlar a pressão inflacionária. Atualmente, a Selic está a 11,75% a.a..
A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 e 2023 também se mantiveram estáveis em 0,50% e 1,30%. respectivamente.
Fonte: CNN