A maternidade é um universo à parte, que leva a mulher a descobrir novas alternativas de vida. E quando, além de mães, elas também são chefes de família, não é só sobre a vida no lar que a maternidade ensina. Para muitas mulheres é oportunidade de empreender.
Ao se tornarem mães, muitas mulheres percebem a necessidade de consumir serviços e produtos que antes não faziam parte de suas vidas e, com isso, descobrem carências no mercado, que se tornam oportunidades. Dados do Sebrae Nacional apontam que o Brasil reúne mais de dois milhões de empreendedoras que têm filhos e são chefes de família. Seja por necessidade, oportunidade ou as duas situações, elas decidiram que era o momento de empreender e mudar o rumo da história.
Este é o caso das primas Lorenza Margon e Danieli Goltara, que foram mães no mesmo período e encontraram na maternidade o desejo em comum de empreender. “Eu sou fisioterapeuta e a Danieli fez comunicação social. Nós dividíamos as questões da maternidade e a vontade de abrir um negócio. Então buscamos informação e qualificação, até abrirmos nossa loja de moda infantil”, contou Lorenza, à frente da multimarcas Lala & Lele Kids, junto com a sócia.
A loja contou com assessoria e plano de negócio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae ES), o que Lorenza entende como um diferencial de seu empreendimento. “O amparo do Sebrae foi importante para começarmos o negócio com uma base mais sólida. Fomos à nossa primeira feira de moda infantil em São Paulo em novembro do ano passado, abrimos nossa loja online em dezembro e, em março, já estaremos com a nossa loja física”, comemorou.
O diretor de atendimento do Sebrae ES, Ruy Dias de Souza, comenta que há muitos negócios bem sucedidos desenvolvidos a partir da maternidade. “São vários casos pelo país. Há exemplos de mães que buscavam alimentos saudáveis para os filhos e, por conta da dificuldade em encontrar, começaram a desenvolver papinhas orgânicas; produtos antialérgicos e diversos negócios que possuem, em comum, uma especificidade típica de quem vive essas demandas. Esse é o diferencial do negócio que começa pela maternidade: a experimentação e a necessidade levam ao empreendedorismo, pois é questão de tempo para se darem conta de que aquela também é uma demanda de outras mães”, afirmou.
No entanto, o diretor ressalta que é preciso fazer um estudo de mercado. “Ao decidir empreender, é importante que a mulher busque feed back de outras mães e proximidade com seu público para avaliar o quanto seu produto/serviço está de acordo com a necessidade e satisfação do cliente”, orientou.