Seis pessoas foram presas preventivamente hoje (18) na Operação Sordidum Publicae (Político Sujo), deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais e pela Polícia Civil do estado. Elas são suspeitas de participar de um esquema criminoso na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Duas pessoas estão foragidas, entre as quais o vereador Wellington Magalhães, ex-presidente da Câmara, identificado como líder da organização criminosa.
Segundo o Ministério Público, o vereador “mantém suspeito poder político e econômico junto a diversos órgãos públicos locais”. A suspeita é que ele tenha direcionado uma licitação para contratação de serviços de publicidade para a Câmara, em favor da empresa MC.COM, causando prejuízo de mais de R$ 30 milhões aos cofres públicos municipais.
De acordo com as investigações, com o produto dos delitos praticados, o vereador e sua ex-mulheradquiriram bens móveis e imóveis de luxo, veículos importados e fizeram viagens internacionais. “Ficou comprovado que todos os bens e serviços, totalizando quase R$ 5 milhões, foram adquiridos durante o mandato de vereador e presidente da Câmara Municipal de BH do investigado, em absoluta desproporção com a única fonte de renda do acusado constituída pelo subsídio de vereador”, informou o Ministério Público.
“A Polícia Civil continua no encalço desse indivíduo, estamos nos movimentando por toda a cidade no intuito de prendê-lo preventivamente ainda hoje”, disse o delegado da Polícia Civil Fernando Lima.
O outro foragido é Rodrigo Dutra, assessor do parlamentar. A ex-mulher do vereador, Kelly Jaqueline Maciel Magalhães, foi presa hoje, além de Marcus Ribeiro, Marcio Fagundes, Christiane Ribeiro, Frederico Ribeiro Guedes e Paulo Victor Damasceno Ribeiro.
A Agência Brasil buscou contato com a assessoria do vereador, que respondeu: “nada a declarar”. A reportagem continua tentando contato com a defesa dos demais suspeitos.
Fonte: Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil