O artista de 27 anos fazia parte do grupo SHINee, muito popular também fora da Ásia. Seu corpo foi encontrado no quarto de um hotel de Seul na segunda-feira (18). No bilhete de despedida, o cantor, uma das maiores estrelas do K-pop, relatou sua batalha contra a solidão e a depressão: “Estava tão sozinho”.

Diante de muitos jornalistas, o caixão foi transportado do centro médico Asan de Seul por um cortejo liderado por um dos companheiros de Jong-hyun no SHINee. Ao lado, estava a irmã do cantor, que chorava enquanto carregava uma fotografia na qual o músico aparece sorrindo.

O caixão também foi carregado pelos outros três integrantes da banda e por três membros dos Super Junior, outro grupo sul-coreano famoso e que tem a carreira administrada pelo mesmo agente. Apesar do frio, os fãs, aos prantos, esperaram a passagem do caixão nas ruas.

No quarto do hotel em que o músico foi encontrado, os investigadores encontraram uma pastilha de carvão queimando em uma frigideira, um método frequentemente utilizado por suicidas na Coreia do Sul. O país tem uma das taxas de suicídio mais elevadas do mundo.

Uma amiga do cantor, a artista Nain9, publicou a mensagem de despedida de Jong-hyun, que ele deixou preparada antes de morrer. “Estou quebrado por dentro. A depressão que me corrói lentamente finalmente me engoliu por inteiro”, diz o texto.

Os cinco membros do SHINee fizeram sua estreia em 2008, e o grupo se tornou um dos maiores expoentes da “onda coreana”, que levou a cultura popular do país ao resto da Ásia e ao mundo todo.

A banda, conhecida por suas canções e coreografias enérgicas, é uma das mais conhecidas do chamado K-pop. Os cinco álbuns lançados fizeram sucesso na Coreia do Sul e no exterior, e alguns deles chegaram à lista da US Billboard World Albums.