O chamado “diamante da paz” foi colocado à venda pelo governo de Serra Leoa e comprado nesta segunda-feira (5) por US$ 6,53 milhões (equivalente a R$ 21 milhões), em uma transação que pretende pôr fim à era dos famosos “diamantes de sangue”.
O comprador é o joalheiro britânico Laurence Graff, informou em uma entrevista coletiva em Nova York, Martin Rapaport, presidente do Rapaport Group, que organizou a venda e se comprometeu a não obter comissão.
A pedra de 709 quilates, encontrada em março, é a maior descoberta em Serra Leoa em meio século e está entre o 10º e o 15º maior diamante já encontrado no mundo, disseram especialistas.
O diamante foi encontrado por uma companhia dirigida pelo pastor evangélico Momoh, que o entregou ao governo na esperança de poder organizar a sua venda para obter mais lucros e financiar um potencial desenvolvimento em Serra Leoa.
O preço da venda foi inferior ao proposto em um primeiro leilão, em abril, em Serra Leoa: 7,1 milhões de dólares. Essa operação foi cancelada pelo governo, que achou o valor insuficiente.
“Quem sabe estamos lidando com o preço da transparência”, disse Rapaport.
A mineração ilegal e a venda dos chamados diamantes de sangue foram as maiores fontes de conflito em muitos países da África, incluindo Serra Leoa, lembrou o presidente Ernest Bai Koroma no leilão.