O Vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Evair de melo reiterou que o Brasil sofreu com os aumentos dos juros, bem como dos combustíveis e da energia elétrica, ao mesmo tempo em que o crédito rural ficou escasso. “Isso provocou um desgaste na agricultura, pois não está sendo possível repassar ao produto o aumento do custo como é feito em outros segmentos produtivos”, completou.
Para o deputado o compromisso de trabalhar pelo fomento de soluções e políticas públicas para que os produtores rurais continuem produzindo e honrando seus compromissos. “O Brasil precisa estancar essa sangria rápido. Precisamos restabelecer o crédito aos produtores rurais, a ordem econômica, dar segurança jurídica para que a agricultura continue sendo o grande negócio deste país e, naturalmente, para que tenhamos alimentos seguros para os nossos consumidores”.
Números do endividamento rural no ES
De acordo com dados do Banco Central, em 2018 no ES foram contratadas apenas 28,9 mil operações de crédito, uma queda de 58%, quando comparado com as 68,8 mil operações contratadas em 2014. No montante aplicado, a redução foi de R$ 2,6 bilhões para R$ 1,7 bilhão, no mesmo período. No interior do estado, os reflexos da seca do final de 2014 até o início de 2017 são sentidos até hoje. Todas as atividades agropecuárias tiveram perdas de produção que variaram de 30 a 100%.
Com a diminuição das contratações de operações de crédito, R$ 3,4 bilhões deixaram de ser aplicados nas diversas cadeias produtivas do agronegócio estadual. Nos últimos quatro anos a participação no uso do crédito rural pelos capixabas, em relação aos totais nacionais, despencou de 2,7% para 1,6% no número de operações, e de 2,2% para 1,3%, no montante aplicado.