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domingo, 22 de dezembro de 2024
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Decreto facilita venda de alimentos artesanais capixabas para todo o Brasil

Decreto facilita venda de alimentos artesanais capixabas para todo o Brasil

O decreto assinado que criou o Selo Arte tem como objetivo ampliar o mercado para os produtos de origem animal produzidos de forma artesanal.

Após muita expectativa da agroindústria, o decreto de regulamentação do Selo Arte foi assinado pela presidência da república. Este selo vai permitir a comercialização de produtos artesanais de origem animal, como os lácteos, embutidos, mel, pescados, dentre outros, em todo o país. Com isso, centenas de empreendedores capixabas poderão expandir o seu mercado de atuação.

O analista do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae ES), Adriano Matos Rodrigues, reconheceu o papel estratégico da instituição na consolidação desse avanço para os empreendedores do segmento. O Sebrae atuou como ponte, permitindo que as demandas e expectativas dos pequenos produtores chegassem ao Congresso e ao governo. “O novo marco legal simplifica a fiscalização por meio dos Serviços de Inspeção, e que respeita a memória secular do modo de produção de produtos tradicionais de origem animal como o queijo canastra, em Minas Gerais, e o nosso Socol, ambos reconhecidos com o Selo de Indicação Geográfica”, afirmou.

            Especialista em carnes artesanais, Edines José Lourenção será um dos produtores capixabas beneficiados pelo Selo Arte. Seu carro-chefe está nas vendas do Socol e Culatello, produtos que comercializa há 23 anos em Venda Nova do Imigrante, sua cidade, e na Grande Vitória. “Já recebi uma proposta de uma rede de 15 lojas na zona Sul do Rio de Janeiro para comercializar o meu produto. Se eu conseguir isso, minhas vendas dobrariam só com essa parceria, imagina só se conseguir vender em nível nacional. Seria um sonho”, afirma.

Sócia proprietária da marca de embutidos Tio Vé, Thais Falqueto também tem o Socol como principal produto. A marca é familiar e já produz internamente o Socol há 30 anos.  “Nossa especialidade é em Socol, mas pretendemos começar a trabalhar também com banha de porco. A regulamentação do Selo Arte significaria a ampliação de nosso negócio, algo que ainda não fazia parte de nossos planos, pois sempre foi muito difícil conseguir a regularização. Primeiro vamos investir nas vendas em todo o estado e logo após em nível nacional”, projetou.

Adriano Matos ressalta, no entanto, que embora o Selo Arte reduza a burocracia para a venda de produtos artesanais de origem animal para todo o Brasil, os empresários ainda terão de passar por um serviço de inspeção em suas agroindústrias e no processo de fabricação dos alimentos. Portanto, é preciso ficar atento às normas dos serviços de inspeção com relação à aplicação do decreto.