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sbado, 21 de dezembro de 2024
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Conheça o câncer que se origina no sistema imunológico

Conheça o câncer que se origina no sistema imunológico

Além do sucesso, os atores Edson Celulari e Reynaldo Gianecchini e a novelista brasileira Glória Perez têm em comum a vitória na luta contra a mesma forma de câncer, o linfoma.

Dividido entre dois tipos, o tumor de Hodgkin e o não-Hodgkin, ele se origina no sistema linfático – que faz parte do sistema imunológico –, formado por uma rede de vasos e de linfonodos (pequenas células responsáveis por filtrar substâncias nocivas ao corpo humano).

Essa rede vai dos pés à cabeça, coletando líquidos, vírus e bactérias e outros resíduos dos tecidos e entregando oxigênio, nutrientes e glóbulos brancos (os quais ajudam no combate à infeções).

Conforme explica o rádio-oncologista do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV) Augusto Moura Freitas, quando um linfonodo sofre mutação e torna-se uma célula maligna, com capacidade de crescer e disseminar-se, nasce o câncer.

Neste sábado (15), lembramos o Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, cuja estimava do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de aproximadamente 2,5 mil novos casos do tipo Hodgkin e pouco mais de 10 mil do tipo não-Hodgkin no País até o fim do ano.

Sintomas

Segundo o médico, o linfoma Hodgkin pode provocar ínguas quando se desenvolve na região do pescoço, nas axilas e na virilha. “Falta de ar, dor torácica e tosse podem se manifestar se a doença ocorrer no tórax. Na pelve e no abdômen, os principais sinais são sensação de estômago cheio e distensão abdominal”, acrescenta Freitas.

Já o não-Hodgkin se manifesta, geralmente, por meio de inchaços no pescoço, axilas e virilha, sudorese noturna excessiva, febre, coceira na pele e perda de peso inexplicável.

Tratamento

Mais comum no adulto jovem, dos 15 aos 40 anos de idade, o linfoma Hodgkin é curável quando tratado adequadamente, geralmente com quimioterapia, com ou sem radioterapia associada. Por sua vez, o linfoma não-Hodgkin é mais incidente em crianças, e também pode receber quimioterapia e radioterapia, associadas à imunoterapia.

“Existe um subtipo de linfoma não-Hodgkin que é de crescimento lento, chamado indolente, considerado incurável. Para ele, o tratamento se destina a proporcionar longevidade ao paciente, com qualidade de vida”, acrescenta o rádio-oncologista.