Com regulamentação de apostas, times brasileiros querem construir centros de jogos nas suas arenas
Nas últimas semanas que antecederam o final de julho não se falou de outra coisa: o Marco Regulatório do Jogo no Brasil (PL 442/1991). O projeto de lei deve viabilizar as casas de apostas presenciais e on-line no país, liberando a prática “esportiva” e injetando milhões de reais na economia.
Com a novidade, os clubes de futebol estão planejando a construção de bingos nos estádios, onde os fãs poderão fazer apostas durante as partidas. Apesar da ansiedade dos clubes, a lei só deve entrar em vigor entre 2020 e 2021.
Os clubes estão interessados no projeto pois vêm sofrendo constantemente com a falta de recursos. Após a Copa do Mundo de 2014, a situação só se degradou mais. Bingo, apostas, formas de como apostar, futebol e outros jogos fazem agora parte de um mesmo mundo. A situação pode melhorar depois de muitos clubes terem precisado de “vender” seus estádios por alguns anos, prejudicando a sua receita mensal.
Atualmente boa parte dos estádios brasileiros fazem parte da União, ou seja, são de domínio público. O principal exemplo disso é o Maracanã, que inclusive faz parte de uma investigação nacional por conta das licitações da Odebrecht. Com isso, é cada Estado ou município que determinar como são feitas as gestões dos estádios.
Com o novo projeto das apostas, os clubes poderiam retomar o controle sobre suas casas, voltando a faturar mais e evitando o sucateamento do esporte. Até porque, empreiteiras e construtoras não têm a capacidade necessária para administrar estádios a longo prazo.
Além disso, hoje em dia os clubes só lucram com as receitas dos jogos das suas próprias equipes. Shows, eventos e apostas realizados em seus estádios são convertidos diretamente para os administradores responsáveis.
Bingos nos estádios
O projeto de lei que liberará os bingos nos estádios fará com a rentabilidade do negócio devolva o poder de compra aos clubes. Um dos objetivos da nova lei é a permissão para construção de bingos com capacidade para mais de 15 mil pessoas.
Economistas preveem que, com a medida, os clubes poderão ter uma receita de mais de cinco milhões de dólares anuais, além das contribuições atuais. O valor seria utilizado diretamente nas equipes, melhorando as condições do futebol brasileiro.
Outra novidade da lei é a concessão de máquinas automáticas de bingo: até 300 por estádio. A ideia é liberar a licença para operação da atividade por pelo menos 20 anos e facilitar a prorrogação da mesma.
Para os torcedores, isso significa a possibilidade de participar em dois esportes ao mesmo tempo: assistir à partida de futebol e apostar ao vivo nos resultados esperados. Ou seja, você poderá apostar durante os jogos e aumentar suas chances de sair duplamente vencedor.
Esse tipo de jogo de aposta já existe, principalmente na Europa. No Brasil, é possível apostar online em sites de empresas estrangeiras, porém as opções são ainda muito limitadas.
Em diversos países da Europa, as apostas, os bingos e os cassinos já são regularizados por lei há anos e servem para injetar mais dinheiro na economia. Com as devidas regras e leis, os jogos podem ser uma boa saída para evitar a crise:
Da Redação: