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sbado, 21 de dezembro de 2024
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Após surto, Alemanha quer tornar obrigatória vacina contra sarampo

Após surto, Alemanha quer tornar obrigatória vacina contra sarampo

Projeto de lei do ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, determina que os pais que se recusarem a vacinar seus filhos contra o sarampo na Alemanha poderão pagar até 2,5 mil euros (por volta de 11,2 mil reais) em multas e suas crianças serão expulsas de creches.

“Eu quero erradicar o sarampo”, disse Spahn neste domingo (5) ao jornal Bild am Sonntag. “Todos os pais devem se sentir seguros por saber que seus filhos não serão infectados e ameaçados pelo sarampo”.

O Instituto Robert-Koch da Alemanha acredita que 93% das crianças do país tenham a imunização necessária. No entanto, isso ainda está aquém da taxa recomendada de 95%, para que se evite a propagação.

Com seu projeto de lei, o ministro reage a um debate sobre a obrigatoriedade da vacinação após uma eclosão de sarampo numa escola fundamental da cidade alemã de Hildesheim e um alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A OMS e as Nações Unidas vêm repetidamente apelando para que se aja contra o recente aumento de surtos de sarampo em todo o mundo. No ano passado, a doença matou 136 mil pessoas no planeta e o número de infectados aumentou 50% em comparação com 2017.

Os países desenvolvidos também tiveram um aumento nas infecções por sarampo. Em parte devido à alegação de que as vacinas causam autismo, alguns pais se recusam a vacinar seus filhos. A Alemanha, que registrou surtos em vários estados, contabilizou 170 casos da doença nos dois primeiros meses de 2019.

Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC, na sigla em inglês), em dez países europeus, a vacina tríplice, contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, é obrigatória: Bulgária, Croácia, República Tcheca, França, Itália, Letônia, Polônia, Eslováquia, Eslovênia e Hungria.

Em 16 países da UE (incluindo a Alemanha, a Áustria, a Dinamarca e a Holanda) não há vacinação obrigatória. Agora Jens Spahn planeja uma lei – e pesadas multas por violações.

O projeto de lei está sendo discutido no gabinete ministerial em Berlim. Espera-se que seja adotado este ano e entre em vigor em março de 2020.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Agência Brasil