Horas reservadas para diversão de jovens em bares e boates da Grande Vitória têm se tornado inquéritos policiais após casos de brigas, assaltos e até assassinatos. Segundo a polícia, os crimes ocorrem principalmente entre às 17h e 3h, de quinta-feira a domingo.

O delegado Isaías Tadeu, titular da Delegacia de Polícia de Goiabeiras, por exemplo, investiga casos de assaltos e outros crimes na região da Rua da Lama, em Jardim da Penha, Vitória, após o caso do estudante de Engenharia Mecânica da Ufes Cláudio Benincá, 19 anos.

O jovem é uma entre tantas vítimas da violência nesse cenário. Ele estava em uma festa na Rua da Lama no último dia 14 de setembro.

No caminho para casa, ele foi atacado por um morador de rua, que bateu com uma pedra de 10 quilos em seu rosto. “Foi um assalto e recebemos outras denúncias de tentativa de roubos que podem ter sido cometidos pelo mesmo criminoso que atacou o estudante” disse o delegado.

O universitário ficou no CTI. “É um absurdo tudo o que ele fez para levar meu celular. Nasci de novo”, desabafou Cláudio.

Um segurança que atua em uma boate de Jardim Limoeiro, na Serra, perdeu as contas das vezes em que clientes foram assaltados após deixarem o estabelecimento.

“Acontecem arrastões perto da boate. Fora brigas de gangues. Já aconselhei clientes a não saírem em determinado horário devido aos crimes acontecem”.

No extremo dessa violência, a diversão noturna de uma promotora de eventos de uma casa de shows em Parque Residencial Laranjeiras, terminou em tragédia. Thalita do Carmo Pereira, 19 anos, morreu ao ser atingida por um tiro quando deixava a boate.

Minutos antes, houve uma discussão entre um segurança, de 27 anos, e o soldado da PM Patrick Ramos Guariz, 26. O policial abriu fogo contra o segurança e Thalita, que saía pela porta, foi baleada no rosto e morreu. O segurança também foi atingido, mas sobreviveu. O PM fugiu e, depois, tirou a própria vida num sítio, em Vila Velha.

Fonte: Tribuna Online