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segunda, 30 de dezembro de 2024
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No ES, Ricardo Rocha critica dirigentes do futebol capixaba: “Gestões fracas”

No ES, Ricardo Rocha critica dirigentes do futebol capixaba: “Gestões fracas”

Sem conseguir avançar para a 2ª fase da Série D do Campeonato Brasileiro e eliminado em apenas uma partida na Copa do Brasil, o futebol capixaba terminou o 1º semestre de 2018 “no vermelho”. Mesmo com a surpreendente campanha do Atlético-ES na Copa Verde, o 2º lugar do Galo da Vila diante do Paysandu não esconde os problemas que os times do Espírito Santo enfrentam no quesito gestão esportiva.

Ocupando o posto de 4º pior estado no ranking anual da CBF, o futebol capixaba ainda convive com salários atrasados, equipes perdendo jogos por W.O., além de desistências de times tradicionais da 2ª competição mais importante do calendário estadual, no caso a Copa Espírito Santo. Sem as presenças do Rio Branco-ES (campeão em 2016) e do Espírito Santo (campeão em 2015 e vice em 2016 e 2017), o campeonato “perde o brilho” e diminui as expectativas de progresso num futuro próximo.

O calendário do futebol no Espírito Santo também não favorece, pois após o fim da 1ª fase do Capixabão, o 1º semestre acabou para cinco times no início de março (o Atlético-ES ainda disputava a Copa Verde e se preparava para a Série D). E após a decisão do estadual, que aconteceu no começo de abril, a próxima competição profissional é a Copa ES, marcada para começar em meados de julho, ou seja, a grande maioria dos times vai ficar inativa por pouco mais de três meses.

E quem deu a sua opinião sobre o assunto foi o ex-zagueiro Ricardo Rocha, que esteve no Espírito Santo para participar de um evento nesta semana. Tetracampeão mundial pela Seleção Brasileira e com passagens por Real Madrid, São Paulo, Vasco e Flamengo, entre outros clubes, Rocha atualmente é coordenador de futebol do Tricolor Paulista. Atuando diretamente num time de Série A do país e tricampeão mundial, Ricardo Rocha, em entrevista ao Gazeta Esportes, criticou os dirigentes do futebol capixaba e deu algumas sugestões de caminhos a seguir, como inclusive aumentar o estadual e deixar de seguir o calendário da CBF, como ocorre por exemplo em Tocantins, Amapá, Roraima e Rondônia.

– Gestões fracas, que não evoluem. Aqui não se torce para clubes capixabas, as rendas são baixas, falta investimento, falta um grande campeonato. Mudem isso, mudem essa mentalidade. O Espírito Santo é muito forte, a capital também. Acreditem em vocês, em fazer um grande campeonato, não adianta campeonato para três, quatro meses e depois ficar sete, oito meses parado. É muito ruim. Busque até um Estadual mais longo. O Espírito Santo vive de Flamengo, Vasco, Botafogo, Fluminense, quando vêm jogar aqui ou torcem daqui – disse o dirigente ao Gazeta Esportes.

Figurando na 4ª posição no Campeonato Brasileiro Série A, o São Paulo vive boa fase dentro e fora de campo. Ricardo Rocha comentou sobre o que o fez trocar a bancada de comentarista esportivo e aceitar o desafio de compor o comitê gestor de um dos maiores clubes do Brasil.

– Estava feliz no que fazia (comentarista), mas o Raí, diretor de futebol, me convidou pra ser o gerente de futebol. Veio o Lugano também. São três jogadores vencedores dentro do São Paulo, com títulos. Há uma pressão enorme, ainda mais que o São Paulo ganhou apenas um título, a Copa Sul-Americana, nos últimos 12 anos. É uma pressão com uma equipe que ganhou muito. A equipe está crescendo pouco a pouco, estamos em quarto lugar, a um ponto do Flamengo. É preciso de tempo e às vezes não te dão esse tempo. Tenho quatro meses de São Paulo, Raí tem cinco meses, não dá para fazer muita coisa. A gente tenta passar para os jogadores o nosso espírito.

Fonte:  GloboEsporte.com/es.