A expectativa, no entanto, é que o apelo do Natal e a melhora gradual da situação econômica das famílias aqueçam as vendas no último mês do ano
A intenção de consumo das famílias de Vitória recuou em novembro, mostrando uma retração de 3,2% em relação a outubro e registrando 40,3 pontos. Na comparação anual o indicador também apresentou recuo de 24,2%. Os dados são da Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da capital, divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES).
Na comparação com o mês anterior, o que mais influenciou negativamente o índice foi a piora na avaliação das perspectivas de consumo (-10,5%). Dos sete componentes do índice apenas um (Renda Atual) apresentou variação positiva nessa comparação. A intenção de consumo continua no patamar de insatisfação, permanecendo abaixo de 100 pontos. A ICF varia de 0 a 200 pontos, na qual “zero” significa insatisfação total e 200 satisfação total em consumir.
O presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, avalia que a retomada do consumo deve se dar pela sazonalidade das festas de fim de ano. “De forma geral, os indicadores da atividade econômica estão melhores que os do ano passado e as expectativas são positivas para o Natal 2017. Devido ao apelo emocional da data, os empresários do comércio estão confiantes com as vendas e preparando promoções e descontos atrativos. De fato, as pessoas não deixarão de presentear nessa data, mesmo tendo que optar por presentes de valores mais acessíveis”, destaca.
Os componentes relativos ao consumo apresentaram queda na passagem de outubro para novembro e continuam em níveis muito baixos. O Nível de Consumo Atual caiu 7,5%, marcando 20,9 pontos. Nesse item as famílias analisam sobre seu consumo no tempo, avaliando se estão comprando mais ou menos atualmente quando comparado ao ano passado.
A avaliação das Perspectivas de Consumo para os próximos meses foi na mesma direção, com queda de 10,5, registrando 23,3 pontos. Nesse item as famílias refletem sobre o consumo para os próximos meses avaliando se acreditam que será maior ou menor.
Renda Atual
A avaliação da Renda Atual cresceu 1,4% em relação ao mês anterior. As compras a prazo, na qual avaliam sobre o atual acesso ao crédito em relação ao ano passado, recuaram 4,9%. A avaliação para compra de duráveis, itens mais dependentes de crédito, também registrou variação negativa, 9,0%.
No mês de novembro, o componente que avalia o Emprego Atual permaneceu praticamente estável com pequena variação negativa de 0,2% em relação ao mês anterior e continuou sendo o que possui a melhor avaliação entre os itens pesquisados, com 99,4 pontos. Em relação à expectativa de melhoria profissional nos próximos meses, houve retrocesso de 3,8% em relação a outubro e permanece como o que possui o mais baixo valor em pontos (12,0 pontos).
Brasil
Enquanto isso, a ICF apurada para o Brasil em novembro registrou o maior nível em dois anos, alcançando 80,2 pontos, representando um crescimento de 3,0% em relação ao mês anterior. Na comparação anual obteve incremento de 7,9%.