A educação é um dos ingredientes básicos na construção cidadã do ser humano. Não me refiro somente à didática, mas com a mesma ou maior intensidade à educação para a vida, a qual começa em nossa casa. Desde o princípio de nossa vida, nossos pais e irmãos mais velhos começam a nos preparar para o mundo. E é essa educação caseira que vai traçar, muitas vezes, o nosso próprio destino. Nenhum pai e nenhuma mãe desejam ter um filho mal educado e por isso se dedicam de corpo e alma objetivando que seu descendente seja um verdadeiro cidadão cumpridor dos deveres e admirador e praticante da palavra RESPEITO. O tempo passa e saímos de casa. Começamos entender melhor o mundo. As suas facilidades e dificuldades; as suas alegrias e tristezas; os seus problemas e soluções e por aí em diante. Infelizmente algumas coisas nos inquietam e começamos a nos desviar daquilo que aprendemos. O stresse se sobrepõe às nossas ações. O viver frenético nos tira a paciência que tínhamos e é aí que falhamos com a educação: estamos num veículo de transporte coletivo e ficamos inertes frente a possibilidade de cedermos o nosso lugar a quem mais precisa; esquecemos que as outras pessoas são nossos semelhantes e negamos um simples cumprimento; não conseguimos mais, devido ao nosso egoísmo, auxiliar alguém na faixa de pedestres que usamos ao mesmo tempo que o próprio alguém; negamos dividir com os mais necessitados o que temos em abundância; discriminamos pessoas devido sua raça, seu credo ou sua cor; corremos em alta velocidade nas avenidas que não tem obstáculos construídos e colocamos em risco a vida dos transeuntes. Falando em obstáculos construídos estou me referindo a redutores de velocidade que podem ser eletrônicos ou o famoso quebra molas. Infelizmente nossa educação no trânsito é tão pífia que não sabemos nos comportar nesse quesito. Só obedecemos se formos obrigados ou multados, pois ao contrário muitas das vezes não estamos nem aí para o prejuízo alheio. Com certeza você que nesse momento acompanha o meu raciocínio, percebe que às vezes, até sem percebermos, nos desviamos da nossa base educacional. E quando isso acontece, não conseguimos construir uma sociedade justa, seja nos seguimentos da política, economia, saúde, cultura e etc…. Aí eu pergunto: será que ainda tem jeito? respondo: claro que sim. Nesse mundo evolutivo e sem tempo, precisamos nos reciclar e nos dedicar mais às coisas importantes da vida. Precisamos nos valorizar e ao mesmo tempo reconhecer o valor de cada um. Precisamos nos organizar para não ficarem esquecidos os ensinamentos que ganhamos lá na infância ou juventude. Em fim, precisamos nos REEDUCAR em busca de salvarmos a nossa própria EDUCAÇÃO e lutarmos para não FALHARMOS mais.
José Alberto Valiati