Os consumidores do Estado devem ficar atentos ao golpe do falso boleto, que fez 80 mil vítimas no Espírito Santo nos últimos 12 meses. A informação é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Estado (Fecomércio-ES).
Segundo estimativa do presidente da federação, José Lino Sepulcri, dos oito milhões de boletos emitidos nos últimos 12 meses, 1% foi pago indevidamente, o que significa que 80 mil consumidores caíram no golpe do boleto falso.
“Neste final de ano, é ainda mais comum essa modalidade de golpe. Cobranças por consumo de internet é um exemplo, dentre outras. Já no início do ano, é comum ocorrerem cobranças de contribuição sindical patronal, o que nunca existiu ”, alertou Sepulcri.
Bancos reagem e planejam fim de cobrança em papel
Em meio aos golpes dos boletos falsos, os bancos querem acabar com o modelo físico do boleto, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em um primeiro momento, o modelo físico continuará existindo.
No futuro, os bancos pretendem transformar o processo totalmente eletrônico, sem a necessidade de receber o boleto impresso ou qualquer outro formato deste tipo. A ideia é que o projeto DDA (Débito Direto Autorizado), cujo objetivo é substituir o boleto bancário impresso pelo boleto eletrônico, ganhe força e se torne obrigatória a colocação de CPF ou CNPJ do emissor e do pagador, além do registro dos boletos.
Dessa forma, é importante o cidadão analisar com cuidado as características do documento recebido. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) identifica, por ano, 400 milhões de golpes como esse e dá algumas dicas às quais o cidadão deve estar atento:
- Verifique se os dados do “Beneficiário” são de quem lhe vendeu o produto ou serviço.
- Verifique se o logotipo impresso no corpo do boleto de cobrança corresponde ao código do banco que consta no início da linha digitável (três primeiras posições).
- Fique atento se o código de barras estiver com falhas que apresentem espaços excessivos entre as barras ou qualquer outra alteração que impossibilite o reconhecimento pela leitora.
- Evite reimprimir boletos de cobrança em sites que não sejam do banco emissor do boleto.
- Evite negociar valores de descontos de boletos com pessoas estranhas, ou que se identificam como funcionários dos bancos ou de empresas de cobrança.
Sempre que tiver dúvidas sobre a veracidade de um boleto de cobrança, consulte diretamente o fornecedor que o emitiu.
Fonte: Fecomércio-ES, Jornal A Tribuna