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domingo, 22 de dezembro de 2024
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Familiares de vítimas de tiroteio em ônibus no ES chegam ao DML para liberar corpos

Familiares de vítimas de tiroteio em ônibus no ES chegam ao DML para liberar corpos

Os corpos da professora Denise Fabiane Queiroz, de 49 anos, e do pedreiro Anízio Gomes, de 62 anos, mortos durante um tiroteio em um ônibus em Guarapari, no Espírito Santo, começaram a ser liberados às 8h desta quarta-feira (22), no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória. As famílias das duas vítimas foram ao local fazer o procedimento.

O velório de Denise vai acontecer na Igreja Batista de Santa Mônica até as 13h e, depois, o corpo segue para o cemitério Parque da Paz, na Ponta da Fruta, em Vila Velha. Ainda não há informações sobre o velório de Anízio.

O assalto aconteceu no fim da tarde desta terça-feira (21), quando o coletivo que fazia a linha Dom Bosco (Vitória) x Ipiranga (Guarapari) passava pela Rodovia do Sol. Dois criminosos armados anunciaram o assalto depois que o ônibus passou pela pedágio da Rodosol.

Eles se passavam por passageiros e, de repente, começaram a exigir celulares das vítimas, abordando também um guarda municipal que estava fardado e roubaram a arma dele. Um soldado da Polícia Militar que estava de folga, à paisana, tentou impedir o crime dando voz de prisão, mas a dupla reagiu atirando.

Houve troca de tiros, que resultou na morte da professora e do pedreiro. Outras pessoas ficaram feridas e os criminosos conseguiram fugir.

Testemunha

A sobrinha da professora Denise Fabiane Queiroz disse que viveu momentos de desespero dentro do coletivo. Adriana Queiroz estava com a tia dentro do ônibus e relatou os momentos de pânico.

“Nós entramos no ônibus, ela sentou, passou o pedágio ali e começou ‘celular, celular, celular’. Aí foi tiro da frente e tiro para trás e começou. Quando ela levou, ela falou ‘eu vou morrer’ e ela morreu mesmo. Passageiros gritaram, se abaixaram, minha amiga levou um tiro de raspão na cabeça. Foi um desespero dentro do ônibus. Eu nunca vi tanto tiro na minha vida”, contou.

Arrasado, o marido da professora contou que ela já tinha sido assaltada dentro do ônibus da mesma empresa.

“Já tinha sido assaltada, todos nós dentro do ônibus já presenciou assalto. Quem viaja nessa linha sabe que isso aqui é uma coisa horrorosa. Sempre acontece, mas infelizmente os policiais não podem estar ao nosso lado em todas as horas”, disse o professor Walter Bezerra.

Fonte: G1