A auxiliares, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou que fica no governo, apesar da debandada na equipe. Mas está firme também com o propósito de não mexer no teto de gastos. Se isso ocorrer, um auxiliar muito próximo de Guedes descreveu à CNN que pode “desarranjar tudo”.
Desde o início do governo, já foram doze baixas entre secretários, diretores e presidentes de bancos públicos.Guedes tem dito que a equipe trabalha muito e não é reconhecida por isso.
A insatisfação não é novidade, mas a saída de mais auxiliares nesta terça-feira deixou o ministro sem alternativa senão reconhecer a frustração com o desempenho na implementação da agenda liberal – uma das principais bandeiras do governo de Jair Bolsonaro.
Em maio, a permanência do “superministro” também foi colocada em xeque, após a saída do ministro da Justiça Sérgio Moro. Entre aqueles que aconselharam Guedes a sair, está o governador de São Paulo, João Dória.
Equipe motivada
Secretários que continuam na equipe procurados nesta manhã pela CNN adotaram discurso positivo. Há expectativa de que o governo coloque em prática a medida de liberar empréstimos a micro e pequenos empresários que já utilizam maquininhas de cartão de crédito em seus estabelecimentos.
Haveria uma cerimônia no Palácio do Planalto nesta semana, o que não foi confirmado até agora.
“Claro que tem clima! Agenda econômica segue firme e forte”, afirmou um secretário.
O espírito de motivação contrasta com a debandada. Há menos de quinze dias, o então secretário responsável pelas privatizações, Salim Mattar, que pediu demissão ontem, afirmou que estava motivado e continuaria na equipe.