O vice-presidente da Liga do Nordeste, Constantino Júnior, declarou enxergar com “bons olhos” clubes que hoje disputam a Copa Verde serem integrados na disputa da Copa do Nordeste. Na concepção do cartola e também presidente do Santa Cruz, essa é uma ideia que precisa ser estudada mercadologicamente, mas que abre possibilidades de crescimento para a competição regional.
“É uma questão mercadológica. É claro que tem toda a questão da região. A geografia da CBF contemplava que Maranhão e Piauí faziam parte da região Norte, até pouco tempo atrás. As primeiras edições da Copa do Nordeste, até 2016, eram apenas com sete estados. Tivemos a inclusão de Maranhão e Piauí para totalizar os nove estados que fazem parte do mapa geográfico brasileiro”, introduziu Tininho, em uma live no canal do YouTube da Pluri Consultoria.
A Copa Verde é disputada por 24 equipes das regiões Norte, Centro-Oeste e do Espírito Santo, e tem como atual campeão o Cuiabá, clube pelo qual o técnico Itamar Schulle foi duas vezes campeão mato-grossense e conquistou o acesso à Série B, em 2018. Na presença de Fábio Bentes e Luis Augusto Mitoso, presidentes de Remo e Manaus, respectivamente, Constantino disse que as equipes poderiam agregar valor ao Nordestão, além de despertar maior interesse de patrocinadores. Além dessas equipes, o dirigente também citou o Paysandu na conversa.
“Eu vejo com bons olhos, é só uma situação de a gente poder buscar um entendimento para a questão mercadológica. Por exemplo, hoje a gente consegue vender bem e a entrada de clubes de tradição aumenta o interesse de patrocinadores, você consegue deixar uma competição atrativa. É desenhar esse modelo para que a gente possa trazer e fazer essa inserção, eu não vejo dificuldade alguma. Agora, é uma situação para ser conversada também com as federações locais para que a gente consiga coincidir calendários e datas. Mas vejo com bons olhos, porque são clubes de tradição e que podem agregar muito valor à competição”, afirmou.
Ao longo da fala de Tininho, o presidente do Leão paraense, Bentes, que é um dos entusiastas da ideia, contribuiu com sugestões de como a competição nordestina poderia ser formatada. Depois, o VP da Liga continuou.
“Importante, eu vejo com bons olhos. Estamos falando de equipes tradicionais e a Copa do Nordeste se preocupa muito com isso, na questão de dar uma boa experiência para o torcedor. Nada acontece por acaso. Tivemos exemplos da primeira Liga, de competições que começavam e não terminavam. Ou a primeira liga não tinha a devida atenção, então não foi um trabalho que aconteceu por acaso. Foi um trabalho de muita doação para que a gente pudesse chegar a esse nível de respeitabilidade no mercado”, salientou.
“E olho com muito bons olhos a questão da organização associativa e também a entrada de clubes tradicionais, como Remo, Paysandu, o próprio Manaus. Time que coloca 45 mil pessoas numa arena certamente iria abrilhantar uma competição como essa. É uma questão para a gente conversar e trazer mais gente para esse bolo”, completou.
Fonte: https://futebolbahiano.org/