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sbado, 21 de dezembro de 2024
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Cafés das montanhas do ES no Comércio Justo

Cafés das montanhas do ES no Comércio Justo

A Associação Capixaba dos Produtores de Cafés Especiais Sustentáveis (Aprocem), criada no contexto da Coopeavi, obteve a certificação Fair Trade (Comércio Justo). Cerca de 50 associados vão se beneficiar do selo reconhecido internacionalmente que assegura preços melhores às sacas de café produzidos a partir de critérios socioambientais.

A reinvindicação da certificação era um pedido antigo dos cooperados da antiga Pronova, incorporada à Coopeavi em 2015. Ao analisar um selo que garantisse boa rentabilidade aos cafeicultores cooperados, chegou-se à Fair Trade.

No entanto, foi necessária a criação de uma associação, uma vez que a certificadora internacional só reconhece produtos de origem vegetal, com exceção do mel, único de origem vegetal.

Para evitar alterar o estatuto da Coopeavi, com abrangência nos setores de avicultura e pecuária leiteira, optou-se na estruturação da Aproces, com CNPJ e diretoria distintos. A cooperativa, por sua vez, se tornou a trader (investidora) da associação.

Segundo a bióloga da cooperativa, Marcela Takiguti, desde 2016 vários trabalhos foram realizados em campo junto ao Sebraetec (programa do Sebrae) na busca de melhorias das atividades. Além disso, dois institutos auxiliaram nas boas práticas em cafeicultura. No final de 2018, a associação recebeu a auditoria da Fair Trade, culminando com a aprovação do selo do Comércio Justo.

“Nós esperamos que os negócios melhorem nesta área. Neste momento em que o café está com preço baixo, o Mercado Justo assegura um valor melhor. Os produtores estão muito animados em vender café certificado”, afirma.

Produtores beneficiados estão em 7 municípios

A Aproces tem como sede a Pronova, unidade de cafés especiais da Coopeavi em Venda Nova do Imigrante, e engloba produtores deste e de outros seis municípios: Afonso Cláudio, Castelo, Muniz Freire, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa e Vargem Alta, mas é aberta a quem produz grãos especiais em todo o Espírito Santo

A diretoria da associação é formada por funcionários e cooperados da cooperativa. Carlos Alberto Roldi Filho (presidente), Pedro Carnielli (vice), João Elvídio Galimberti (secretário) e Fátima Beize de Oliveira (tesoureira) representam a Aproces no quadriênio 2019-2023.

Diretoria Aproces

(Quadriênio 2019-2023)

Carlos Alberto Roldi Filho- presidente

Pedro Carnielli- vice-presidente

João Elvídio Galimberti- secretário

Fátima Beize de Oliveira- tesoureira

O que é o Comércio Justo?

O Fair Trade (Comércio Justo) contribui para o desenvolvimento sustentável ao proporcionar melhores condições de troca e a garantia dos direitos para produtores e trabalhadores marginalizados. É uma alternativa concreta e viável frente ao sistema tradicional de comércio.

Qual o objetivo?

O Fair Trade tem como objetivo principal estabelecer contato direto entre o produtor e o comprador, desburocratizando o comércio e poupando-os da dependência de atravessadores e das instabilidades do mercado global de commodities.

Quais os princípios?

Os princípios que devem reger uma relação comercial considerada justa são:

1.    Transparência e corresponsabilidade na gestão da cadeia produtiva e comercial;

2.    Relação de longo prazo que ofereça treinamento e apoio aos produtores e acesso às informações do mercado;

3.    Pagamento de preço justo no recebimento do produto, além de um bônus que deve beneficiar toda a comunidade, e de financiamento da produção ou do plantio, ou a antecipação do pagamento da safra, quando necessário;

4.    Organização democrática dos produtores em cooperativas ou associações;

5.    Respeito à legislação e às normas (por exemplo, trabalhistas) nacionais e internacionais;

6.    O ambiente de trabalho deve ser seguro e as crianças devem frequentar a escola;

7.    O meio ambiente deve ser respeitado.

(*Fonte: Sebrae)