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sbado, 21 de dezembro de 2024
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7 dicas para fazer um intercâmbio seguro

7 dicas para fazer um intercâmbio seguro

Ter uma experiência internacional é algo que povoa a mente de muitos brasileiros(a) e isso independe da idade. Pode ser possível fazer o intercâmbio quando se está na juventude, através do High School ou curso de férias nos períodos de Julho e Dezembro, por exemplo, como na fase mais madura por pessoas acima dos 25 anos. O fato é que fazer um intercâmbio exige uma avaliação dos seus objetivos pessoais e/ou profissionais.

De acordo com a pesquisa da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), o número de estudantes que embarcaram para o exterior cresceu 20,46% em 2018 e totalizou 365 Mil pessoas fazendo intercâmbio. Isso movimentou cerca de 1,2 Bilhão de dólares. Os números traduzem o movimento que tem ocorrido: mais pessoas querendo sair da sua zona de conforto e ter uma experiência de um intercâmbio cultural.

Entretanto, na euforia e felicidade de viajar para outros lugares, muitos indivíduos esquecem que assim como a vida traz situações imprevisíveis, no intercâmbio isso pode ocorrer. Alguns acontecimentos ruins podem ser mitigados e até erradicados com algumas dicas de quem tem experiência no assunto. Maura Leão, presidente da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta) e que trabalha com intercâmbios há mais de 30 anos, separa nesse material 7dicas para você fazer um intercâmbio seguro em 2019:

1) Se planeje com antecedência e contrate um seguro viagem

Se organize com pelo menos seis meses de antecedência. Com esse tempo é possível quitar o programa escolhido e ao viajar se preocupar só em desfrutar da experiência do intercâmbio tendo como despesas apenas os gastos básicos como transporte, alimentação e passeios. Também opte por escolher um bom seguro viagem, todos os programas exigem a contratação (obrigatório), e ele lhe assegurará de possíveis imprevistos. De acordo com a pesquisa anual da Belta, o serviço mais comercializado pelas agências foi o seguro saúde para viagem. E essa é uma ótima notícia, pois mostra que o Brasileiro(a) tem se preocupado com o seu bem-estar no exterior.

2) Caso opte em trabalhar no país de destino: Leia TUDO sobre a carga horária de trabalho

Muitos estudantes querem conciliar o intercâmbio com o trabalho temporário como mostra a pesquisa anual da Belta neste ano. Dos intercâmbios realizados: curso de idioma ocupa a primeira colocação com 47% dos estudantes, graduação vem em segundo com 13,8%, e curso de idioma com trabalho temporário corresponde a 6,4% dos intercambistas. Tendo como base os 365 Mil estudantes que embarcaram. É bom para o aluno ter contato com o trabalho do local que está visitando, porém dividindo o seu tempo entre lazer, estudo da língua e o trabalho. O importante é o equilíbrio e ter a seguridade de estar trabalhando as horas corretas pela legislação. Cheque a lei de estágio/trabalho válida no país de destino. Cada país tem a sua legislação. Também é importante ficar atento ao valor pago pelo trabalho. Vale averiguar quanto ganha um estagiário no local que for fazer o intercâmbio e também comparar o valor pago por dia pelo seu serviço com o valor mínimo estipulado pelo Banco Mundial de R$7,05/dia. Fique atento também ao tipo de visto que está solicitando: visto de trabalho voluntário/social é diferente do visto de estágio (Esse último exige um valor mínimo da empresa que irá te contratar no local do intercâmbio). Trabalhar com visto ilegal pode te levar a cárcere. Pesquise também sobre a empresa em que irá trabalhar em sites e nas redes sociais. Leia todos os relatos. Não permita carga de horário em excesso.

3) Cuide da sua mente

Há psicólogos especializados para quem quer fazer um intercâmbio e que atendem inclusive via Skype e/ou outras plataformas online quando você já estiver no local de destino. De acordo com a psicóloga , Fernanda Ventura, que tem diversos trabalhos na área de psicologia intercultural, houve um aumento no número de distúrbios emocionais entre os brasileiros(a) e concomitantemente isso é refletido no aumento de intercambistas que apresentam algum desajuste emocional. Esse desajuste geralmente não surge no intercâmbio, mas pode ser reforçado quando esse jovem e/ou adulto fica longe do seu habitat natural. Sintomas como: Ansiedade, depressão, procrastinação, entre outros. Ter orientação e acompanhamento psicológico no processo de intercâmbio cultural é importante para você e para a sua família.

Para prestar o atendimento online, o profissional deve estar cadastrado nesse site – e-psi.cfp.org.br/psicologas-cadastradas/
As expectativas sobre você podem ser muitas, mas lembre-se que a única expectativa pertinente é a sua. Não importa se você é a primeira pessoa da sua família a se formar e/ou ter uma experiência internacional. Não se cobre tanto! Sair do seu país já é um ato de coragem, pois você está saindo dos seus costumes, zona de conforto e de tudo que conhece.

4) Fique atento(a) se a agência que está te assessorando na viagem tem o Selo Belta

Quantos relatos não nos deparamos de pessoas que pagaram o intercâmbio e não tiveram a entrega do que foi prometido. Pode ser em termos de acomodação, transporte ou mesmo a viagem em si. Uma forma de se assegurar é contratar o serviço apenas com agências que possuem o Selo Belta. A associação que tem 27 anos de existência é a única no Brasil que exige mais de 16 itens para certificar os prestadores. Além disso possui a rotina de averiguar a “saúde financeira” dessas empresas todos os meses. Para sustentar o selo Belta, essas agências devem apresentar itens como: Comprovar três anos de constituição (no mínimo); Apresentar certidão negativa de débito tributário; Ter carta de apresentação de 03 (três) instituições de programas educacionais do exterior; Atestar por meio de material institucional e reportagens que mostrem o reconhecimento público dos serviços que prestam, entre outros. Ou seja, o Selo é algo difícil de se obter e mais difícil ainda de manter. Logo, as agências que o possuem são idôneas e vistoriadas todos os meses. O que irá lhe conferir mais confiabilidade na sua viagem.

5) Escolha correta da acomodação e destino

Fique atento(a) ao tipo de acomodação que a agência te oferece. Pode ser residência estudantil, casa de família, ou outros. Analise se o seu perfil é congruente com o que está sendo oferecido. E o mais importante: cheque a acomodação oferecida pela internet. Leia tudo que encontrar principalmente relatos de quem já esteve no local. Quanto a escolha do destino vale uma auto reflexão: qual a sua faixa etária, preferência de clima (gosta de frio ou calor), qual idioma deseja aprender, entre outros. De acordo com a pesquisa da Belta, o Canadá continua sendo o líder na procura dos destinos. Dos seis países mais procurados, os que permitem trabalho são Canadá, Austrália, Irlanda e Malta. Já nos EUA e Reino Unido não é possível ter atividade laboral. O curioso da pesquisa deste ano é que Malta aparece pela primeira vez entre os seis destinos mais procurados e um dos motivos é a permissão de visto para trabalho, além do clima similar ao nosso.

6) Instituição escolar e qual programa de intercâmbio escolher

Peça todos os documentos em português por mais que você seja fluente em inglês. Para compreender realmente tudo que está escrito e as condições de estudo. Também pesquise sobre a instituição de ensino. Vale a mesma dica das anteriores: averigue sites e também os comentários nas redes sociais sobre a escola/universidade. Analise qual o seu momento atual na vida e quais ganhos terá com essa experiência para a sua carreira e qualidade de vida. Opte pelo intercâmbio que se encaixe ao seus objetivos. Caso esteja em dúvida, na pesquisa Selo Belta, listamos também os tipos de Intercâmbio desejados por quem ainda não embarcou. São eles: curso de idioma com trabalho temporário (lidera com 35% das intenções), curso de idioma com 16,7% e graduação com 9,9%. Avalie se a sua realidade financeira e psíquica está adequada ao perfil do programa desejado.

7) Guarde todos os papéis e não ande sem documentos

Tenha tudo impresso sobre os vistos e tudo que for dito no consulado brasileiro e do país e/ou países de destino. Lembre-se que as leis mudam de um país para outro, então ter tudo documentado pode te salvar em alguns apuros como ter que retornar ao brasil devido a algum papel relacionado ao visto e etc. Qualquer coisa que lhe ocorrer no exterior, o documento comprova a sua identidade (Passaporte ou pelo menos a identidade brasileira, caso você tenha a tendência de esquecer muitos os seus objetos). Em locais como a Alemanha, por exemplo, é proibido andar sem documento. Outros países também não permitem. Se resguarde de ser preso(a) ou passar por situações embaraçadas. Ande sempre com os seus documentos.