Nesta sexta-feira (10/05) é lembrado o Dia Internacional de Atenção à Pessoa com Lúpus. A data visa conscientizar a população sobre a importância de se manter ciente dos sinais da doença. O Ministério da Saúde estima que aproximadamente 200 mil brasileiros sofram com o lúpus. Sendo mais comum em mulheres, na idade fértil. Elas representam uma proporção de nove para um homem.
Eliana Teles de Gois, médica reumatologista da Aliança Instituto de Oncologia explica que esta é uma doença autoimune, crônica, potencialmente grave, que pode deixar sequelas e até levar a morte. Segundo a especialista, o lúpus pode se manifestar de diversas formas e atacar qualquer parte do corpo.
Ela acrescenta que a doença pode se apresentar de quatro formas diferentes, com causas distintas. O Lúpus discoide atinge a pele da pessoa e pode ser diagnosticado com o surgimento de feridas avermelhadas com tamanhos, formatos e cores específicas, especialmente no rosto, nuca e/ou couro cabeludo.
O Lúpus sistêmico é o mais frequente e pode ser leve ou grave. Nesse tipo da doença, a inflamação abrange todo o organismo da pessoa, acometendo vários órgãos ou sistemas. “A primeira forma pode evoluir para o lúpus sistêmico”, complementa Eliana.
Há ainda o Lúpus induzido por drogas e o neonatal. O induzido também é comum e acontece porque esse tipo de substância pode provocar a inflamação, com sinais semelhantes ao lúpus sistêmico. Porém, nesse caso, tende a sumir assim que o uso terminar.
E, por último o lúpus neonatal, que é bastante raro e afeta recém-nascidos de mulheres que tenham a enfermidade. A criança pode ter erupções na pele, problemas no fígado ou baixa contagem de células do sangue. “Esses indícios tendem a sumir naturalmente depois de meses”, aponta. De acordo com a médica, esses bebês podem ter um defeito cardíaco grave. “Hoje em dia, temos testes e exames que podem identificar o risco e tratá-lo antes ou depois do nascimento da criança”, pontua.
Sintomas e tratamento
Dra Eliana destaca que os sintomas mais comuns são dores nas juntas, sensibilidade ao sol e manchas na pele. Dentre as manifestações mais graves, estão: a perda da função dos rins, anormalidades no sangue, além de transtornos neuropsiquiátricos, entre eles a depressão, os distúrbios de ansiedade e, em casos raros, os surtos psicóticos.
A especialista comenta que ainda não existe cura para o lúpus, mas o tratamento evoluiu nos últimos anos. “Pode- se dizer, que os pacientes que fazem acompanhamento regular com o reumatologista e seguem corretamente o tratamento, tem uma vida praticamente normal”, finaliza. |
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