A prefeitura de Bauru (SP) confirmou ontem (7) mais 774 casos de dengue registrados no município. No total, desde o início do ano, são 15.790 casos autóctones (quando a pessoa é infectada no local em que vive) e 30 casos importados, totalizando 15.820 casos de dengue. A quantidade de óbitos em decorrência da doença é 17.
De acordo com a prefeitura, os altos índices da doença estão ligados a quantidade recorde de precipitações no município. Em março, por exemplo, houve o registro de 273,1 milímetros de chuva, recorde dos últimos 28 anos. Além disso, segundo a administração municipal, o sorotipo dengue 2, que está presente na cidade, causa maior quantidade de notificações.
“A circulação do sorotipo dengue 2, que não era registrado há muito tempo, encontrou uma população suscetível e com menor memória imunológica. O sorotipo-2 causa uma sintomatologia mais intensa, que reflete na maior procura pelos serviços de saúde e, consequentemente, acarreta em uma maior notificação de pacientes nas unidades de saúde”, destacou a prefeitura em nota.
Nebulização
A Secretaria de Saúde do município informou que o inseticida usado nas máquinas de nebulização veicular, conhecida como fumacê, está em falta no Brasil. Sem o produto, a prefeitura teve de suspender o cronograma de nebulização na cidade. O inseticida, que é capaz de matar o mosquito apenas na fase adulta, é fornecido pelo Ministério da Saúde.
Em nota, o ministério afirmou que não deixou de fornecer os insumos considerados estratégicos aos estados para controle de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como o inseticida Malathion. De acordo com a pasta, somente nos quatro primeiros meses de 2019, o estado de São Paulo recebeu quantitativo maior do produto (50 mil litros) que em todo o ano de 2018 (40 mil).
A pasta informou, no entanto, que a empresa produtora do Malathion teve de recolher 105 mil litros do produto para testes e ensaios de qualidade, devido a problemas em sua formulação. A quantidade recolhida deverá ser devolvida ao Ministério da Saúde em junho.
“É importante destacar que o uso do adulticida é a última estratégia de enfrentamento ao problema da zika, dengue e chikungunya, visto que, nesta fase, o mosquito já atingiu a fase adulta. A medida mais eficaz é a eliminação de focos de multiplicação do mosquito (água parada), evitando que eles nasçam. Por isso, o envolvimento da sociedade é fundamental”, destacou o ministério em nota.
Fonte: Agência Brasil