Um sistema de baixa pressão atmosférica se organiza sobre o mar neste sábado, 23 de março, entre o litoral do Espírito Santo e do sul da Bahia, intensificando-se cada vez sobre o mar até a segunda-feira, dia 25. A Climatempo acompanha a evolução deste sistema, pois há uma possibilidade de que ganhe força suficiente para gerar um ciclone tropical.
A intensificação do sistema de baixa pressão atmosférica significa que a pressão atmosférica no seu centro fica cada vez mais baixa. Quanto mais baixa a pressão do ar, mais intenso são os ventos e mais nuvens carregadas se formam.
O que se pode ver atualmente?
Por enquanto não temos o sistema formado e as imagens da nebulosidade captadas pelos satélites meteorológicos permitem ver apenas um grande aglomerado de nuvens sobre mar, ao largo do litoral destes estados.
As nuvens mais carregadas, com potencial para raios e chuva forte, aparecem como manchas vermelhas e amarelas.
Possibilidade de formação de um ciclone
As simulações atmosféricas feitas em supercomputadores continuam indicando a tendência de intensificação da baixa pressão no mar neste fim de semana. O sistema deve ficar mais organizado durante o domingo. Mesmo assim, por enquanto é só uma possibilidade de formação do ciclone. O sistema fica sobre o mar, onde a água está quente, que é uma das condições para a evolução de baixa pressão atmosférica para um ciclone. Neste fim de semana, ainda não podemos dizer que existe um ciclone em formação, apenas uma possibilidade de que isto aconteça.
Se este ciclone se formar vai se chamar Iba. Saiba mais como são dados os nomes para os ciclones na costa do Brasil.
Qual o efeito no ES e na BA?
É preciso esclarecer que a maior instabilidade, as áreas de chuva mais fortes e os ventos mais fortes vão ficar sobre o mar. Mas independente da intensificação desta baixa pressão atmosférica, a circulação de ventos em diversos níveis da atmosfera vai forçar a concentração de umidade e calor sobre o norte e leste de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo neste fim de semana, 23 e 24 de março. Por isso, nuvens carregadas já atuam nestas áreas e vão continuar atuando nos próximos dias. Há risco de raios e de chuva forte.
Por causa da proximidade desta baixa pressão atmosférica com o litoral do Espírito Santo e do sul da Bahia, mesmo que não se concretize o ciclone, algumas regiões capixabas e do sul baiano poderão sentir ventos moderados a fortes e pancadas de chuva isoladas também moderadas a fortes. As rajadas mais intensas devem ocorrer sobre o oceano e o mar tende a ficar muito agitado, perigoso para a navegação.
O limite entre 63 km/h e 116 km/h é mantido para regiões oceânicas, caso se forme o ciclone tropical. Mas no continente, as rajadas mais intensas podem ser de 60 km/h a 80 km/h.
As simulações atmosféricas indicam que a baixa pressão se desloca para o alto-mar e não para o continente. O maior risco da chuva e do vento forte deste sistema é para a navegação. Os navegantes devem evitar sair para o mar pelo menos até terça-feira. Fique atento aos avisos da Marinha do Brasil.
Fonte: .climatempo