Especialista alerta que o diagnóstico precoce pode evitar a morte em decorrência da doença
O câncer de próstata mata um brasileiro a cada 28 minutos. O dado é do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que também informa que 28% dos homens acometidos pela doença morrem em decorrência dela.
De acordo com o rádio-oncologista do Instituto de Radioterapia Vitória Nivaldo Kiister, nem sempre esse tipo de tumor apresenta sintomas, o que torna necessária a regularidade dos exames mesmo em pessoas aparentemente saudáveis.
“Homens que possuem histórico familiar da doença devem realizar os exames preventivos anualmente a partir dos 45 anos, em especial os descendentes de raça negra, pois estes geneticamente têm maior propensão a desenvolver câncer de próstata. Já aqueles que não têm casos de câncer de próstata entre os parentes, precisam ficar atentos com a chegada dos 50 anos”, explica o rádio-oncologista.
Prevenção
Conforme Nivaldo Kiister, a prevenção e o diagnóstico precoce são os principais aliados dos homens contra o câncer de próstata. Ele indica a alimentação saudável e a prática de atividades físicas por pelo menos 30 minutos diários para prevenir o tumor. “Também é fundamental evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de tabaco”, afirma.
O rádio-oncologista reforça a importância do diagnóstico precoce. “Dependendo da fase em que é descoberto o câncer de próstata, aumentam as chances de cura e pode ser realizado um tratamento menos invasivo”, informa ele.
Preconceito
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 21% da população masculina do Brasil considera que o exame de toque, fundamental para a detecção do câncer de próstata, “não é coisa de homem”.
A pesquisa ainda aponta que 38% dos homens com mais de 60 anos, público com maior risco de desenvolver a doença, acredita que o exame “não seja necessário”.
Para o rádio-oncologista Nivaldo Kiister, esse preconceito com a realização do preventivo pode ser fatal. “Quando o homem se recusa a fazer o exame, corre o risco de estar adiando a descoberta do tumor e, assim, permitindo que ele tenha tempo para se agravar”, diz.