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sbado, 21 de dezembro de 2024
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ARTIGO: RESUMO DA HISTÓRIA DE INHAÚMA

ARTIGO: RESUMO DA HISTÓRIA DE INHAÚMA
Inhaúma, minha querida terra/ Com sua magnífica Serra/A paz e o amor encerra./ Inhaúma, comunidade amada/ Por muitos admirada/ Por Deus sempre abençoada.
Assim, poeticamente descrevo essa comunidade onde nasci, cresci e com certeza daqui uns tempos acrescentarei a palavra ” envelheci”. Quando se ama um lugar, só o deixamos se houver uma razão muito forte, no entanto, costumamos dizer: aqui nasci, aqui quero morrer.
Esse meu lugar querido, antes de 1877, era denominado Terceiro Território do Alto Rio Novo. Com a chegada das primeiras sete famílias italianas (primeira imigração daquele país para a nossa região) mudou-se o nome para Inhaúma. Segundo relatos é porque encontraram aqui uma ave chamada Inhuma ou Anhuma, e por isso deram esse nome ao novo lar.
Nossa história é muito rica e aí tem início com os bravos desbravadores, Ferrari Luigi, Ferri Angelo, Ferri Giuseppe, Ferrarezzi Alberto, Resmini Pietro, Valiati Bortolo, Valiati Giovanni Baptista, suas esposas e filhos. Em 1878 chegaram as famílias Brioschi, Caldogno, Fantazzini, Silvestrini, Smarzaro, Sartori, Armani e Ferrazzo. Aqui, cada família de posse de suas propriedades chamadas à época de lotes, edificaram seus sobrados e começaram explorar a terra altamente produtiva. Sentiam falta de um lugar seguro para fazerem suas orações conjuntas, e sob a direção de Valiati Bortolo, o primeiro celebrante, iniciaram a construção da atual igreja em 1894 que veio a ser inaugurada em 1907, tendo como padroeiro, São Francisco de Assis ( a imagem original data de 1898). Construíram mais tarde o cemitério com Estatuto e em seguida fundaram a Cantoria que por sinal tinha até Regimento. Preocupados com a qualidade do café que colhiam, instalaram a primeira máquina no município  de beneficiamento do produto em 1924. Agradecidos a Deus pelo novo lar, em 1927, ergueram uma torre de pedras cortadas e lapidadas em comemoração ao cinquentenário da imigração. Povo de fé, honra e trabalho, tiveram a recompensa com a ordenação sacerdotal de Roque Valiati Baptista em 1947. Esse padre fez história no Planalto Central construindo em 1957, na antiga Cidade Livre, hoje Núcleo Bandeirantes, a primeira igreja de Brasília e lá recebeu o título de padre dos Candangos. Seus restos mortais se encontram naquele lugar no interior da Matriz São João Bosco.
A nossa história é muito rica. Claro que tivemos altos e baixos. Alegrias e tristezas. Derrotas e vitórias. Mas nosso povo não esmoreceu.
Mesmo que estamos bem longe da cidade, dispomos de linha de ônibus; sinal de telefonia móvel e internet; quadra poliesportiva; Associação de Agricultores desde 1992 com infraestrutura de beneficiamento de café com caminhão e Fiat Uno e agora nossa estrada está sendo asfaltada dentro do Programa Caminhos do Campo. Temos ar puro, muitas nascentes, pequenas cachoeiras e uma paisagem muito atraente. Alta produção de café e banana e ainda expressiva de leite. Nossas celebrações dominicais acontecem aos domingos no horário das 09:00 horas e o nosso Apostolado da Oração completou 100 anos em 01 de outubro de 2016( Primeiro do município). Durante muito tempo pertencemos ao município de Piúma até nos separarmos em 1938. Mesmo que nossa comunidade se encontra no interior do município, ficamos há 32 quilômetros do litoral e a 60 das montanhas. A história é muito mais que isso. Apenas fiz um resumo da mesma. Venha nos visitar, você vai gostar.
(José Alberto Valiati)