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segunda, 23 de dezembro de 2024
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Suspeito de lavar dinheiro é preso em Anchieta durante operação do MPMG

Suspeito de lavar dinheiro é preso em Anchieta durante operação do MPMG

Um homem suspeito de lavagem de dinheiro foi preso em Anchieta, em uma Operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Juiz de Fora.

A prisão aconteceu na manhã de terça-feira (18). As investigações apontam que o homem integrava uma organização criminosa responsável que lavava dinheiro com o tráfico de drogas, agiotagem e extorsão.

O objetivo da operação foi desarticular e encerrar atividades criminosas do grupo. Foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva, 24 de busca e apreensão, além de medidas de sequestro e indisponibilidade que ultrapassam R$ 16 milhões em Anchieta e Juiz de Fora.

Entre os alvos da operação estão 10 suspeitos que foram denunciados pelos crimes de agiotagem, extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A ação penal tramita na 1ª Vara Criminal de Juiz de Fora, responsável pelas ordens judiciais que estão sendo cumpridas na operação.

A investigação teve início a partir de representações feitas pela Polícia Militar de Minas Gerais, uma vez que, entre os alvos, estão agentes de segurança pública diretamente envolvidos com os crimes.

As provas arrecadadas ao longo da investigação, diz o MPMG, demonstram a estreita relação dos denunciados com grandes traficantes de drogas de Juiz de Fora.

“O dinheiro proveniente do tráfico de drogas era repassado para pessoas jurídicas de fachada (empresas financeiras e de empréstimos), que, por sua vez, emprestavam esse dinheiro para clientes/consumidores de menor renda por meio da cobrança de juros abusivos, que chegavam a mais de 20% ao mês. Quando os clientes atrasavam os pagamentos, eram submetidos a ameaça e violência, nas quais o grupo deixava claro que o dinheiro pertencia ao tráfico de drogas”.

Ao longo da investigação ocorreram dois homicídios relacionados direta e indiretamente aos integrantes da organização criminosa, os quais podem estar relacionados aos fatos denunciados.

Participaram da operação policiais militares da Corregedoria da Polícia Militar, do Comando de Policiamento Especializado (CPE) e do 9º Batalhão, além de policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais de MG e ES (CORE), policiais rodoviários federais e policiais penais.

A operação ainda contou com apoio dos Gaecos de Pouso Alegre, Varginha, Montes Claros e Ipatinga.